segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Amor Próprio.


O segredo é não correr atrás das borboletas é cuidar do jardim para que elas venham até nós...

Por vezes sentimo-nos indiscutivelmente amados mas pouco considerados. E o amor e consideração necessitam de andar de mãos dadas para alimentarem o nosso ego.
Ser amado e não ser admirado, infantiliza, mas ser estimado sem se sentir apreciado é frustrante.
A auto-estima é um processo complexo para o qual não existe um só conceito. Na generalidade define-se como uma estima que a pessoa possui em relação a si própria ou mesmo o afecto que nutre por si. É a forma como olhamos para nós. Se gostamos ou não de que vemos. É um juizo que formulamos sobre a nossa pessoa. Se for positivo somos seguros e eficazes, sentimo-nos bem connosco e capazes de enfrentar desafios, se é negativo traz sofrimento, bloqueia todos os campos da nossa vida.
Existem três características fundamentais para obter a auto-estima: Autoconfiança; imagem de si próprio; gostar de si mesmo.
Tendo estes três pilares equilibrados possuimos uma auto-estima harmoniosa. Gostamos de nós, apesar das nossas limitações e imperfeições, insucessos e contratempos, porque somos dignos de respeito e amor. E esse conforto espiritual protege-nos das derrotas, sofrimento e incertezas que fazem parte da existência e sustenta a força necessária para nos reerguermos.
A percepção que temos de nós também é feita com base nos olhares dos outros sobre a nossa pessoa.
O papel dos outros, a sua opinião o que pensam de nós pode influenciar a construção da auto-estima, consoante a importância que estes têm na nossa vida. Os irmãos, sobretudo o mais velho tem um papel crucial na organização da nossa auto-estima, mas se levarmos muito a sério uma opinião e não somos capazes de a confrontar com a realidade e se aceitamos que aquilo que o outro diz sobre nós é a nossa realidade então estaremos a ser penalizados.
Quanto mais inseguros mais dependentes ficamos dos outros e do exterior.
Também é possível que em determinadas áreas da nossa vida possamos alternar a baixa e a alta auto-estima. Podemos ser profissionalmente brilhantes e a nossa vida pessoal ser um autêntico fracasso.
No entanto podemos sempre melhorar as nossas capacidades, aperfeiçoar a relação connosco e com os outros, pois a auto-estima não se reduz apenas a sentirmo-nos bem connosco próprios. Se isto acontecer corremos o risco de nos tornarmos egoistas e arrogantes.

" Um mendigo dos arredores de Madrid esmolava nobremente. Disse-lhe um transeunte:
- O senhor não tem vergonha de se dedicar a mister tão infame, quando podia trabalhar?
- Senhor, - respondeu o pedinte - estou a pedir dinheiro e não conselhos. - E com toda a dignidade castelhana virou-lhe as costas."

(excerto sobre a A Subjectividade do Amor-Próprio de Voltaire).












24 comentários:

Anónimo disse...

Oh sim! Ele era mm um poço de amor próprio e n escondia isso de ninguém. Só ele contava, até chegar o cupido...

Anónimo disse...

Respirava auto estima por todos os poros, porque tinha razões para isso..Simplesmente arrasava..

Anónimo disse...

Mais uma vez parabéns pelo texto e pelo tema abordado! Interessantíssimo!

Anónimo disse...

Que coisa mais linda!!!!!!

Anónimo disse...

O Tomé era um homem inseguro, portanto com uma fraca auto-estima, apesar de ser um homem de negócios implacável e de sucesso, mas no amor um desastre completo. O Gonçalo irritava precisa/ por ser o oposto. Era t/ cheio de si. Tinha arrogância a +. Apenas c/ a Raquel ele se tornava + humano e expunha os seus sentimentos, m c/o o texto diz n devemos apenas procurar estar bem connosco, tb devemos estar bem c/ os outros, coisa q o Gonçalo descurava.

Anónimo disse...

É díficil para uma pessoa que não está bem com ela mesma, conseguir ter uma relação harmoniosa com os que a rodeiam, o importante é lutar para atingir o equilíbrio. Embora por vezes não seja fácil, não devemos desistir de tentar ser felizes e fazer os outros felizes, também!!!

Anónimo disse...

É verdade. Há mta gente infeliz q n consegue ultrapassar as adversidades pq se afunda demais nos problemas e n olha pra si e para os outros...

Anónimo disse...

Por experiência própria, sei o quanto é difícil ultrapassar determinados problemas que na maior parte das vezes nem são assim tão impossíveis de resolver, mas que naquela ocasião parece que o mundo nos vai cair em cima e nao existe solução possível para nada!!! Nessas ocasiões acabamos por encontar forças interiores que desconhecíamos, mas que estão lá, para nos ajudar a encontrar um rumo!! Não esquecendo também a ajuda imprescindível das pessoas que nos amam verdadeiramente e que fazem de tudo para que nos possamos reerguer!!!

Anónimo disse...

A construção da nossa auto-estima depende sempre de 3ºs. Dos outros, dos de fora e dos de dentro. Ás vezes os q nos são + chegados sufocam-nos e arrasam-nos mtas vezes insconsciente/. É claro q podemos tb construí-la m o caminho é + doloroso pq é um trabalho díficil e algumas vezes sofre uns reveses.

Anónimo disse...

Sem dúvida a personagem com mais auto estima da ficção portuguesa.

Anónimo disse...

Muito lindo, mas muito arrogante!

Anónimo disse...

O Gonçalo não se importava com o que os outros pensavam dele..
Até nisso era diferente!

Anónimo disse...

Não necessitava dos outros para construir a sua auto estima.Era auto suficiente no seu amor próprio..

Anónimo disse...

O Tomé, precisava sempre de se apoiar nos outros, principalmente no melhor amigo

Anónimo disse...

É verdade. M o Gonçalo n tinha amigos...só a Raquel se tornou na sua melhor amiga.

Anónimo disse...

Mais uma vez o Gonçalo ganha se o compararmos com o Tomé! O Tomé, pura e simplesmente não confiava em si próprio. Não se conhecia a si mesmo, portanto a sua auto estima estava abaixo de Zero..

Anónimo disse...

A auto estima evidenciada pelo Gonçalo fazia que ele fosse forte e fiel no amor ..
O Tomé era arrastado a afogar as mágoas com mulheres que o atraiam , mas que não amava por causa da sua insegurança e falta de confiança!
Revelou-se uma desilusão como homem no que diz respeito a personalidade!

Anónimo disse...

O Tomé nem sabia ao certo se amava a Clara ou não embora estivesse sempre a dizer que não a queria perder..
O Gonçalo nunca vacilou no seu amor pela Raquel..
Este facto só pode ter a ver com a personalidade de cada um..

Anónimo disse...

Apesar de ser muito arrogante para com os outros , o Gonçalo era o homem ideal no amor. Não havia companheiro mais dedicado, nem amoroso mais arrebatador!

Anónimo disse...

Porque era um poço de amor próprio e auto estima tinha charme para dar e vender e era inegualável com sedutor entre as personagens masculinas na ficção portuguesa.

Anónimo disse...

O Gonçalo, apesar do seu lado mafioso, revelou sempre uma grande personalidade! Arrasou!

Anónimo disse...

Simplesmente a personagem mais consistente d sempre na ficção portuguesa..

Anónimo disse...

A sua personagem foi tão fora de série que todos lhe perdoaram o seu lado mafioso. Só o seu lado sedutor ficou para a história da personagem.

Anónimo disse...

Não há dúvida que a auto estima quando existe é meio caminho mandado para o sucesso!