sábado, 29 de março de 2008

Opiniões...sensibilidades.



Dispusemo-nos a colocar aqui a compilação de comentários sobre o que pensamos deste actor...
Dirão talvez que não é oportuno a esta altura, mas tudo vale a pena quando a alma não é pequena, como dizia F.Pessoa.
Todas as ocasiões são óptimas quando se pretende, não exaltar, mas falar de alguém que executa o seu trabalho na perfeição.
Em baixo manifestamos as nossas opiniões que são também um retrato nosso, porque nas entrelinhas abrimos um pouco a porta da nossa sensibilidade.


KELLY

O que leva uma pessoa a pisar um palco e expôr-se a uma plateia de desconhecidos? Não debitar um texto apenas, mas retorcer-se todo, respirar dificilmente e deixar o rubor subir-lhe ás faces?
A resposta é fácil mas não redutora. Vocação. Capacidade de vestir outras peles e de lhes dar voz. O que me atraiu no Marco D'Almeida foi a expressão fisionómica deste actor, que reflecte o estado emocional dos personagens que intrepreta, como a atitude corporal, as inflexões, o comportamento cénico.
Reproduz no seu rosto diversas máscaras que são no fundo o passaporte para ele e para nós para mundos imaginários.
Tive a oportunidade de ver umas fotos do seu trabalho em "Quando os Lobos Uivam" e fiquei pasmada com a transformação. Assemelha-se a um boçal de higiene duvidosa, um homem rude do campo de poucas falas e muita força.
Como Gonçalo era um homem arrogante frio e implacável, como todos os homens de negócio que não têm tempo a perder...
Já com o Tomé mudou para um inadaptado, inseguro, emocionalmente dependente de quem gostava...
O convencimento que transmite como uma corrente de energia é tão real que estamos ali com ele a vivenciar toda a experiência.
Este talento, vocação, veia, sei lá, é algo natural que nasce connosco, assim como o dom de cantar, de pintar, de escrever...
É fundamentalmente este dom que admiro nele.


PASSION

POIX!!!Marco,
Dexde ke te dexkubri kumu aktor , a minha opinião xobre ox aktorex e xériex portugax mudaram kompletamente..Kumexei a ver tudu kom outrux olhinhux...
A tua melhor perxunaxem até agora foi o Gonxalu!! Ximplexmente arraxaxte!
Adurei verte au vivu em " The Pillowman".Foi uma experiênxiaxinha ke nunka exkexxerei!!
Éx u melhor aktor da tua Xeraxão!
Kixxex!


ANDREIA

O Marco é alguém muito especial!É um grande, grande actor, para muitos o melhor, Não deixa ninguém indiferente com a sua magnífica arte de representar..
Há pouco mostrou-nos mais uma faceta do seu talento : escritor.
Foi uma agradável surpresa. O seu talento é enorme...


RACHEL

Já escrevi muita coisa sobre o que penso sobre o actor Marco D´Almeida.
Nunca é demais salientar o seu enorme talento e a sua versatilidade espantosa sempre que se " põe" na pele se uma nova personagem!
É o actor português que mais empatia cria com os espectadores. Simplesmente fora de série!Dificilmente encontramos actores que consigam seduzir o público tão completamente!
Criou personagens que são autênticas obras primas. A personagem Gonçalo é inesquecível e é , sem dúvida, a melhor personagem masculina de sempre da ficção portuguesa.
Espero, sinceramente, que o Marco tenha uma carreira fantástica e que continue sempre ao seu melhor nível!
Beijokas.


CHIBI


Falar sobre o Marco é porventura um assunto que mexe com as emoções. Dotado de um talento que poucos têm e de uma beleza cativante, despertou-nos com a sua brilhante e viciante interpretação como Gonçalo Martins de Mello, em "Tempo de Viver". A partir desse momento (re)conquistou novos fãs que o acompanham com muito carinho.
Regressou como Tomé, na telenovela "Ilha dos Amores" e pelo meio ainda teve tempo para majestosamente representar no teatro com a peça "Pillow Man".
Marco nasceu em Moçambique e com apenas 34 anos já provou o seu grande talento, tanto como actor e agora também como argumentista.
"Polaroides da minha avó", foi a sua primeira incursão na escrita a ganhar a luz do dia, mostra a sua incrível sensibilidade para questões por vezes complexas do foro sentimental.
Já foi Romeu, Alferes, Fotografo e Tubarão ,lolol, qualquer desafio proposto, Marco supera com grandiosidade, entregando-se com devoção a cada papel. A sua versatilidade decerto nos continuará a surpreender juntamente com a sua criatividade de conseguir entrar nas personagens que aceita desempenhar.
Por enquanto os fãs esperam e desesperam para que Equador comece e que encha a T.V com o seu génio rebelde indomável.


quarta-feira, 19 de março de 2008

Inveja...desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade do outro. Desejo violento de possuir o bem alheio.



A inveja é o sentimento mais desprezível e dissimulado da alma humana.
É constituido na sua essência por um conflito. A aversão a si mesmo e o desejo de auto-valorização, de tal forma que a alma assim dividida fala para fora com a voz do orgulho e para dentro com a voz do desprezo.
Confessamos o ódio, a humilhação, o medo, o ciúme, a tristeza, mas inveja nunca. Se admitissemos a inveja ela deixaria de existir imediatamente e transformar-se-ia em franca competição ou desistência resignada. A inveja alimenta-se do facto de ser sempre oculta.

Tornamo-nos invejosos quando desistimos dos objectivos que almejávamos, por intimamente acreditar que não os merecemos. Não é o falhar os objectivos que é doloroso, mas sim a falta de mérito.

Nasce então a necessidade de desapreciar esses objectivos de destruí-los ou substituí-los por simulacros medíocres, atribuindo-lhes mais valor que os originais. É precisamente nas dissimulações que a inveja se revela da forma mais clara.
As formas de dissimulação são muitas, mas a inveja essencial tem como objecto os bens espirituais, porque são abstractos e impalpáveis e muito mais aptos a despertar no invejoso um sentimento de exclusão irremediável, que o transforma em vida num condenado ao Inferno.

Como combater um dos 10 pecados mortais?

A virtude não se ensina segundo Platão e Sócrates. É uma qualidade primária, uma característica variável consoante o nível de evolução do ser pensante, que sente que reflecte e age.
Para combater os maus sentimentos, nada melhor que explorar e melhorar as virtudes. O acto de reprimir os maus pensamentos é sempre louvável mas se não for acompanhado por um processo de auto-conhecimento não terá sentido.

Sem uma atitude racional e sem bom senso, resta-nos a hipocrisia, a repressão cega e insensata com o verniz da virtude piedosa.

sábado, 8 de março de 2008

IMAGEM : uma imagem é melhor que mil palavras..

Atitude, aparência e coerência na comunicação visual e verbal são ferramentas essenciais para uma imagem credível. Melhorar, controlar a impressão que transmitimos aos outros é um activo que devemos analisar, desenvolver e rentabilizar de forma inteligente.

Erradamente toda uma indústria ligada á cosmética, moda, cirurgia plástica e mundo do espectáculo, cultiva neste último século a sobrevalorização do corpo como imagem. Mas uma imagem exterior, superficial, visando principalmente o público feminino.
Nos últimos anos este "culto do corpo" tornou-se numa preocupação generalizada que atinge todas as mulheres independentemente da faixa etária, classe social ou religião. O ideal de beleza sofreu alterações radicais e a todo o instante somos confrontadas com celebridades anoréxicas, com corpos moldados á custa de greves de fome sucessivas, estabelecendo um terrorismo psicológico porque se vivencia uma autêntica ditadura da beleza, em que o corpo é o alvo de todos os sacrifícios.

Contudo é forçoso salientar o quanto é importante a nossa imagem, porque é através dela que os outros nos julgam e avaliam.
Mas a imagem pessoal constroí-se com base em premissas que não se esgotam no que vestimos e no que comemos. É muito mais abrangente, porque transmite a forma como nos relacionamos, o nosso nível social e profissional, a nossa forma de estar.
Já dizia Tom Ford: " o funcional no vestir é secundário; o essencial é a expressão do indivíduo."
A construção de uma boa imagem pessoal segundo os especialistas está relacionada com dois conceitos básicos : dualidade e credibilidade.
A 1ª significa se as pessoas têm uma boa imagem ou não, a 2ª significa que uma boa imagem passa por transmitir confiança e auto-estima.
A nossa imagem pessoal é formada em três momentos distintos:

1ª - A primeira Impressão
2ª - A Imagem Inicial
3ª - Manutenção da Imagem

Para se formar a 1ª impressão há quem diga que são apenas necessários 3 segundos. O que o influencia esta 1ª impressão? O conjunto da imagem, a voz, o vocabulário empregue, a linguagem corporal. Para além disso a aparência e o vestuário conta e o que mais chama a atenção além dos tradicionais traços de higiene pessoal, é a expressão facial.
A imagem inicial reune os nossos comportamentos, hábitos, postura, ética, conhecimentos, habilidades e competências, que temos de utilizar correctamente para conquistar a confiança e credibilidade dos outros.
Quanto à manutenção da imagem... este momento ocorre quando a nossa imagem já está formada. Questionamo-nos. Será que sabemos realmente como os outros nos vêem?
Se sim, então não nos devemos preocupar...no entanto a melhoria da imagem deve ser contínua e constroí-se com progressivas e pequenas conquistas e não apenas com uma grande conquista.

A Imagem Pessoal é a nossa reputação. Sabendo gerir uma boa imagem melhoramos a nossa auto-estima, o desempenho social e profissional e consequentemente o nosso poder de comunicação, bem como a nossa influência.











sábado, 1 de março de 2008

O Prazer de falar dos outros...

A minha vizinha tem um filho deficiente. Deficiente profundo.
Este facto dramático submeteu-a a uma dedicação exclusiva ao seu único filho. Permanecer em casa todos os dias tornou-se num hábito penoso.
A sua sala de estar tem uma enorme varanda, visto o prédio ser de gaveto, composta por várias janelas. Daquelas janelas a D. Adozinda assiste á vida ruidosa do bairro. Vê os autocarros a chegar e a partir, os dois cafés a disputarem clientela, a papelaria onde se pagam as contas do gás do telefone da luz e da água e se joga o euromilhões, o velho Clube, os rapazes heavymetal que numa garagem próxima ensaiam estrondosamente, as crianças que brincam no jardim e as que vão para a escola e o mercado.
Resta acrescentar que é costureira. Dedica-se principalmente a "fabricar" cortinados muito elaborados, mas também faz uns vestidos, uns camiseiros, umas saias para as senhoras das redondezas. A D. Adozinda não necessita de sair de casa para saber que o Sr. Joaquim está no hospital e que a loira sensual do bairro se amantizou com o dono de um dos cafés, pois através das suas janelas e do que as clientes acrescentam ela sabe tudo.
A minha vizinha passa assim o tempo e diverte-se muito porque sente a satisfação de deter alguma informação.


A bisbilhotice está relacionada com a observação quase vouyerista do quotidiano alheio que abrange também todo um falatório, uma conversação, baseados no desdém, má-língua, juizos de valor etc.
Numa era em que a comunicação e informação alimentam a curiosidade e o interesse acerca da vida dos outros, em que tudo se enquadra num contexto nacional e internacional, no que diz respeito a jornais, revistas, programas televisivos e internet, questionamo-nos: Será a bisbilhotice um defeito? Uma falha de carácter?
Este facto social tem uma base genética que caracteriza todos os animais, pela simples razão de constituir-se como resultado da curiosidade típica do ser humano.
A curiosidade intensifica as relações interpessoais e tem funções específicas. Toda a gente já bisbilhotou ou foi alvo de bisbilhotice. Já ironizou, questionou, criticou, foi vouyerista, através da constante invasão de privacidade, promovida pelo interesse colectivo em saber da vida dos demais.
É puro instinto de sobrevivência. O mexerico, a má-língua, a devassidão da vida dos outros terão nascido mal o Homem aprendeu a comunicar. E são benéficas.
Senão vejamos: os que se interessavam pelo o que acontecia aos outros tinham grandes vantagens sobre os que não se importavam com este tipo de informação. Quando as pressões da evolução da espécie fizeram surgir a competetividade, a bisbilhotice tornou-se inevitável. Apareceu para que os indivíduos estivessem informados sobre os seus semelhantes ou rivais. Quando se é inteligente sabe-se que o grau de sucesso social está relacionado com o grau de informação que cada indivíduo tem.
O 1º sucesso social é o do acasalamento, quanto maior é a quantidade e a qualidade da informação que se tem sobre os outros, maiores as hipóteses de se escolher bem o parceiro/a com quem se vai reproduzir, além de mais facilmente se espantar os rivais.
Conhecer o outro permite aos indivíduos compararem-se com eles, reforçando a sua auto-estima.
Podemos concluir que a bisbilhotice é universal porque é útil do ponto de vista psicológico e social.
Comparações e bisbilhotice são o resultado de pressões da evolução e as duas estão relacionadas porque são estratégias que podem aumentar o estatuto.
Surpreendidos?